A Saúde em primeiro lugar
Sim, em primeiro lugar tome conta de si
Em Portugal, é enorme o receio que as pessoas manifestam quando pensam em procurar ajuda médica, psicológica ou terapêutica, para os problemas da mente ou para as questões emocionais.
O medo do rótulo "doente mental", é assustador mas não há razão para alimentar esse receio.
Não parar para refletir quando a mente se confunde e está em dilema, entristece ou deprime, se perturba ou entra em desgaste profundo, é o mesmo que ignorar uma dor no peito, uma perna partida ou 38 graus de febre. Então, por que razão ignora os sinais de alerta da sua mente quando a saúde da sua mente é, justamente, o equilíbrio basilar da vida?
Coloque a saúde da mente em primeiro lugar e verá que tudo fluirá com maior facilidade.
Além disso, as pessoas que precisam de ajuda neste domínio raramente sabem o que procurar. Começam a interrogar-se sobre qual o Terapeuta adequado. Quais os resultados obtidos no caso "A" e na pessoa "B". Então, a confusão instala-se. Consulta no serviço privado? Consulta no serviço público? Onde? Como decidir quem é eficaz?
Estima-se que, em Portugal, a maior parte das pessoas (independentemente da idade, sexo e condição social) nunca tenha pensado na importância de viver num estado de equilíbrio mental ou nos benefícios que se podem obter quando trabalhamos a mente para (re)equilibrar o corpo e/ou as emoções.
Aquilo que aqui designamos como a saúde da mente é, nada mais, do que o bem-estar, a qualidade de vida, a capacidade de nos relacionarmos de forma afetiva e estável com os outros, a autonomia para trabalhar e interagir tranquilamente com o mundo envolvente.
Talvez aquilo que por vezes identificamos como instabilidade mental, contenha em si uma oportunidade de mudança, desafio profundo, tempo de paragem ou o início de uma nova fase.
Para além do estigma e da descriminação, a insuficiência dos serviços de apoio impossibilitam muitas pessoas de receber o tratamento que necessitam e que merecem.
Se chegou até nós, talvez seja porque precisa de ajuda ou procura auxílio para um familiar ou amigo próximo. Se é esse o caso, vamos tentar ajudar.
Procure entender por que razão está nessa fase da sua vida e como seria bom encontrar alguém com quem conversar sobre o que se passa. Conversar é o passo inicial para podermos compreender se estamos em condições de prestar o apoio correto e, da mesma forma, se concorda ou aprecia o que proporemos para si, numa relação terapêutica que prometemos honesta, humana, confidencial, científica e segura.
Contudo, antes de mais, temos mesmo de conversar.
Basta um clique
Ultrapassar este passo, é difícil, sabemos isso. No seu pensamento há uma afirmação constante: "eu sou capaz de resolver sozinho(a)."
Porém, se passaram algumas semanas e não tiver ainda resolvido, se continuar em sofrimento ou estiver a assistir à necessidade de apoio de alguém próximo, seja firme e diga: "vou procurar ajuda".
Basta um clique e estaremos consigo.